Friday, September 27

Descobri que te amava quando te perdi. Parece clichê, mas foi. Nós fomos um filme americano - daqueles bem clichês - que eu não me cansaria de assistir. Exceto pela parte em que não tivemos final feliz. Não tivemos final algum. Não sentamos em uma mesa e decidimos que seria melhor assim. Não houve lágrimas, apelos e nem confissões de última hora. Nós apenas nos afastamos, como quem não aguenta mais sofrer e amar ao mesmo tempo. Nos afastamos achando que um dia a vida nos colocaria juntos de novo. Mas sabe qual o nosso problema? Somos exatamente iguais. Você talvez um pouco mais sentimental. Eu talvez um pouco menos vingativa. Mas no fim do dia, os dois acham que merecem um pedido de desculpas. E eu não tenho o costume de pedir desculpas a ninguém. Me arrepender, só do que não fiz.
Então eu te deixei livre. Te deixei partir. Desejei um infinito de coisas boas que não desejo nem para mim. Baixinho, pedi para que você fosse muito feliz. Torci para que você encontrasse uma garota que soubesse valorizar tudo aquilo que eu não valorizei. Não tenho rancor, ódio ou qualquer outro sentimento ruim. De você restou apenas saudade. Uma saudade boa. Às vezes forte demais. Às vezes esquecida. Confesso que hoje estou sentimental além da conta. Mas me perdoa vai, é que eu acordei com saudade.
Eu não espero que você um dia me perdoe, até porque eu nunca te perdoei. Mas eu sei, que lá no fundo, você também sente a mesma saudade.