Sunday, March 31


O sol está brilhando, o céu é de um azul profundo, há uma brisa magnífica, e eu estou farta - de tudo: conversa, liberdade, amigos, de ficar sozinha. Sinto vontade… de chorar! Sinto como se fosse explodir. Sei que chorar ajuda, mas não consigo. Estou quieta. Ando de um cômodo para outro, respiro pela fresta na janela, sinto o coração batendo como se dissesse: Realize meus desejos! Acho que a primavera está dentro de mim. Sinto a primavera despertando, sinto em todo o meu corpo e minha alma. Tenho de me esforçar a agir normalmente. Estou numa confusão absurda, não sei o que ler, o que escrever, o que fazer. Só sei que estou sentindo falta de alguma coisa… — O Diário de Anne Frank.
"E tem gente maravilhosa que, de repente, vai ficando longe, difícil de ver – e aí dança. Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser, tem muita força”. A gente não tem é que se assustar com as distâncias e os afastamentos que pintam." Caio F.
Friday, March 29
“Nunca compreendi muito bem o conceito de morte. Sei que todos nascem e morrem e que essa é a única certeza da vida. A questão é a forma com que isso acontece. Pessoas morrem todos os dias, em todo o mundo, questão de segundos. Em jornais, manchetes de assassinatos se espalham diante de páginas diversas. Na rádio, se escuta a mais nova vítima. Na televisão, estão gráficos do número de mortos do dia, do mês ou do ano. Números e mais números. É assim que são lembradas algumas pessoas. Quando uma pessoa morre por estar em uma idade avançada, ou por uma doença. Por mais doloroso que seja, já estamos preparados para o pior. O sentido de se envelhecer, é saber que de brinde vem dificuldades, e possivelmente, a morte. O sentido de uma doença grave, é lutar para sobreviver mais um dia que for, e não o de se curar. Mas e quando é tirada a vida de alguém? Ninguém espera por isso. Uma pessoa está voltando da escola ou trabalho, e um carro em alta velocidade, sem ter tempo de frear, a atropela. E ela morre. Não foi apenas uma vida tirada, foi anos de luta por essa vida. Foi deixado uma família ou amigos em prantos. E o pior de não se esperar uma morte, é viver se perguntando: “O que eu poderia ter feito para evitar?”. Semana passada um amigo meu faleceu. E o curioso, foi o jeito com que isso aconteceu. Ele estava em uma festa com seus amigos, em um final de semana como outro qualquer, mas que não terminaria da mesma forma, infelizmente. Havia amigos com ele, amigos que eu conhecia há anos, tal como também o conhecia a muito tempo. Assim que a festa terminou, todos voltavam juntos, quando ele parou e disse “Podem ir, eu vou voltar para conversar com aquela garota que estava na festa”. Ninguém disse nada, afinal, o que tinha demais nisso? O problema é que ele não voltou. Não se sabe ao certo o que de fato aconteceu. Alguns dizem que ao voltar com a garota, ele foi parado por um assaltante, mas por não ter nada de valor, levou um tiro a queima roupa no rosto. Outros dizem que foi por ciúmes de algum ex namorado. A verdade é que não importa, pois agora ele está morto. E não se encontrou um culpado. Basicamente ele voltou para morrer. Ao pensar nisso, imagino como me sentiria se estivesse naquele dia, naquele mesmo momento. Sem dúvidas eu me perguntaria: “E se tivesse falado que era bobeira e que ele deveria voltar com todos? Teria feito alguma diferença?”. Antigamente, quando alguém dizia que era assim que deveria ser, que uma pessoa morre porque foi chegada a hora dela, eu usava isso como conforto. Porque é mais fácil acreditar em algo que possa te confortar do que enfrentar uma dor que te enlouqueça. Porém ao pensar melhor hoje em dia, não enxergo dessa maneira. Um segundo pode não significar nada, mas é capaz de mudar futuros e reconstruir vidas. Por mais que possamos nos culpar por não termos tomado certas atitudes em momentos que poderia ter sido essencial, nada vai mudar o acontecido. Devemos apenas aceitar e seguir em frente. Com uma dor no coração e lembranças que jamais serão esquecidas ou apagadas. A morte faz e vai continuar fazendo parte de nós. Não importa quantas vezes vamos ter de enfrentar ela, e sim, quantas vezes vamos superar a perda de alguém. A parte mais difícil de perder alguém que se ama, é cair a ficha de que não vai ter como essa pessoa voltar. De vez em quando, vamos acreditar que isso não aconteceu, que foi apenas um sonho ruim, e que ela vai aparecer para nós como se nada tivesse acontecido e vamos abraça-la e fazer valer a pena. Mas não é assim que acontece, por mais que queremos isso. Depois que a vida de alguém termina, a única alternativa é aceitar que a nossa continua. Outro dia pensei, que a gente só perde alguém especial para nos lembrarmos que existem pessoas incríveis a quem não damos valor. E que podemos reverter isso enquanto há tempo, antes que seja tarde demais. Apesar de não compreender a morte, e de ter a certeza que ela sempre vai existir. Acredito na vida após a morte. Porque podem levar o corpo de uma pessoa, a alma dela e tirar a chance de ela continuar. Mas nunca, jamais, tiraram as lembranças e o amor que ela deixou. Aprendi que as pessoas morrem no mundo lá fora, mas vivem dentro de nós.” —
Allax Garcia.

— Perceptível.
Thursday, March 28
Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
— Tati Bernardi.
Tuesday, March 26
Cuida, cuida de mim. Cuida desse meu sorriso e
dessa minha mania de ser feliz quando estou com você. Cuida da minha
insegurança, do meu ciúme, da minha falta de paciência e, também, de
compreensão. Cuida dessa minha superproteção, desse meu jeito sem jeito
de cuidar de você. Cuida dos meus erros, dos meus defeitos, das vezes em
que eu tento ser melhor e não consigo. Cuida da atenção, do carinho, do
cuidado que tenho com você. Cuida da admiração, do respeito, da sorte
que eu sinto por ter você. Não deixa nada disso morrer, não… Cuida de
tudo o que eu sinto. De tudo que eu guardo. De tudo o que eu tenho.
Monday, March 25
Sunday, March 17
Saturday, March 9
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