Friday, March 2

 
Acho bonito demais quando você me pergunta assim, como quem não quer nada, se eu não quero sair contigo pra ler de mãos dadas. E acho graça de quando ‘cê acha graça de tudo que é birra e defeito meu. E quando você se encolhe pra me dar espaço, e quando me beija e cala meus silêncios todos. Tô trocando minhas dores mais fundas por uma dúzia de beijos teus. E minha velha amiga solidão pelo teu cheiro de coisa minha. Divido a garrafa de vinho contigo e dispenso melancolia e ressaca. Te lembro enquanto você ri dos meus dramas juvenis que só sei escrever pra você sorrindo. E aviso amor, to devolvendo o mundo todo que é exagero, quero não, um moço do sorriso bonito e alma teimosa é tudo que me basta. 
- Clara D.